
por Ester Varelo
Reunindo especialistas, técnicos e gestores para debater a gestão hídrica na Paraíba, o III Simpósio Paraibano de Segurança de Barragens foi realizado nesta quinta-feira (13), no Centro Turístico de Tambaú (PBTur), em João Pessoa. Promovido pelo Governo da Paraíba, por meio da Agência Executiva de Gestão das Águas da Paraíba (Aesa), o evento contou com a participação de profissionais e instituições estaduais e nacionais para discutir avanços e desafios na área de segurança de barragens.

Durante o encontro, foi apresentado o Relatório Estadual de Segurança de Barragens, que consolida as ações de monitoramento e gestão realizadas pela Aesa. A subgerente de Segurança de Barragens, Nicolly Azevedo, explicou que quando as inspeções registram alterações ou falhas que indicam risco e acrescentou: “Solicitamos que as equipes visitem todas as barragens in loco para avaliação, seguindo as diretrizes do Plano Nacional de Segurança de Barragens (PNSB)”. O relatório referente a 2025 estará disponível em dezembro no site da Aesa.
O especialista em Engenharia de Recursos Hídricos, Vicente de Paulo Albuquerque, apresentou o Programa de Estudos e Ações para o Semiárido (Peasa), voltado ao apoio de comunidades rurais no aprimoramento das atividades produtivas e no incentivo ao desenvolvimento sustentável da região.

Na palestra “Contenção da Poluição Difusa: Uso do Biodigestor”, o técnico da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), Daniel Casimiro, abordou a tecnologia que converte resíduos em gás e adubo, reduzindo a poluição e gerando energia limpa.
Representando a Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), o superintendente de Regulação de Serviços e Segurança de Barragens, Bruno Rebouças, destacou os avanços do PNSB na governança, no cadastro de barragens e na articulação entre governo, sociedade e academia. “Conhecer o risco é importante para poder se prevenir dele e proteger vidas, o patrimônio e o meio ambiente”, afirmou.
O gerente de Operações de Mananciais e de Segurança de Barragens da Aesa, João Pedro Chaves, também contribuiu com a palestra “Classificação quanto ao Dano Potencial Associado (DPA) de Barragens”, explicando como a análise é feita a partir de dados, modelagem e identificação de ocupações e estruturas que podem ser afetadas. “O DPA é um instrumento essencial de prevenção, permitindo priorizar ações e reduzir perdas humanas, ambientais e econômicas”, ressaltou.

Encerrando o simpósio, o diretor de Gestão e Apoio Estratégico da Aesa, Waldemir Azevedo, reforçou o compromisso da instituição com a segurança hídrica e o fortalecimento das capacidades técnicas. “A integração e o engajamento durante as atividades são fundamentais para gerir os recursos hídricos de forma eficiente e sustentável”, finalizou.