Meteorologistas da Aesa participam de Workshop Internacional de Avaliação Climática para o Semiárido

Meteorologistas da Aesa participaram do Workshop Internacional de Avaliação Climática para o Semiárido Nordestino que foi realizado em Fortaleza – CE nos dias 18 e 19 deste mês. O objetivo do evento é realizar a previsão climática para o trimestre fevereiro, março e abril de 2024. A Fundação Cearense de Meteorologia (Funceme), responsável pelo evento, divulgou o prognóstico climático relativo ao trimestre fevereiro, março e abril. Para conferir o prognóstico climático elaborado pelos participantes do evento clique aqui. PARAÍBA – Aesa divulgou no final do ano passado que as regiões Cariri, Sertão e Alto Sertão da Paraíba terão chuvas dentro da média histórica nos meses de janeiro, fevereiro e março de 2024. A previsão foi elaborada em conjunto com meteorologistas de vários estados e técnicos do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (Cptec) e Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
Aesa participa de estudo que investiga efeitos do aumento da temperatura na Caatinga e na Mata Atlântica

O Brasil vem passando por uma sequência de ondas de calor antes mesmo do início do verão, e o fenômeno El Niño deve influenciar nas temperaturas. Este verão deve estar entre os três mais quentes da história. Pesquisa desenvolvida por cientistas da Paraíba e de São Paulo desde 2020 identificaram aumento da temperatura ao longo do século especialmente na região do semiárido brasileiro. O estudo conta com a colaboração do gerente de Monitoramento e Hidrometria da Aesa, Alexandre de Medeiros. O objetivo da pesquisa é investigar os efeitos das mudanças climáticas e da cobertura vegetal no regime hidrológico local e regional para bacias estratégicas em áreas da Caatinga e Mata Atlântica do Sudeste, de forma a avaliar riscos e oportunidades de serviços ecossistêmicos hídrico-climáticos à segurança hídrica. O estudo é coordenado por dois pesquisadores, um da Paraíba e outro de São Paulo, com a participação de 23 pesquisadores colaboradores. O projeto foi financiado pelo Governo da Paraíba, por meio da Secretaria da Ciência, Tecnologia, Inovação e Ensino Superior (Secties), através da Fundação de Apoio à Pesquisa da Paraíba (Fapesq) com recursos em torno de R$ 195 mil. Na Paraíba, o projeto é coordenado pela profa. Sandra Isay Saad, da Unidade Acadêmica de Ciências Atmosféricas da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG). Em São Paulo, o projeto é coordenado pelo professor Humberto Rocha, da Universidade de São Paulo, e é financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa de São Paulo (Fapesp). A pesquisa também conta com a colaboração do prof. Jonathan Mota da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)ee equipe de alunos. Os pesquisadores se debruçam em análise de dados climáticos e hidrológicos e na modelagem desses processos em bacias hidrográficas estratégicas no Nordeste e Sudeste brasileiros. Sandra Saad, coordenadora da pesquisa na PB, esclarece que no Nordeste os trabalhos se concentraram na análise e na modelagem dos dados hidrometeorológicos. O objetivo central foi valorar os serviços ecossistêmicos, que de certa forma, corresponde a quantificar o valor econômico, considerando riscos e as oportunidades, que a natureza possui espontaneamente ao manter fontes de água, nascentes, rios e até açudes. Estes são alguns dos “serviços ecossistêmicos” que a natureza presta “de graça”. Por isso, os especialistas alertam para a importância de conservar o ambiente e quantificar estes serviços. Saad explica que o grupo de cientistas em São Paulo, liderados pelo prof. Humberto Rocha, se concentrou na parte de observação de variáveis de água e clima na microbacia do Ribeirão Posses (SP). Nessa bacia já se tem um entendimento dos serviços ecossistêmicos no Sudeste, que servirão de base para a continuidade da pesquisa pelo grupo do projeto entre PB e SP, como também a implementação desta experiência no Nordeste. Segundo a pesquisadora, este projeto fomentou diversos trabalhos acadêmicos nas seguintes linhas de pesquisa: Análise das projeções climáticas para o futuro e consequências aos recursos hídricos; Análise do desmatamento ou reflorestamento e impactos nos recursos hídricos; Análise dos Serviços Ecossistêmicos e Investigação de microclimas na Caatinga. “Fizemos uma avaliação dos melhores modelos do IPCC, o Painel Intergovernamental das Alterações Climáticas, e identificamos os que melhor representam sistemas meteorológicos importantes para a estação chuvosa no Semiárido Brasileiro”, disse. Os pesquisadores regionalizaram projeções climáticas com um detalhamento maior (detalhamento climático) para a bacia do Rio São Francisco e identificaram aumentos da temperatura distribuídos na bacia ao longo do século, especialmente na região semiárida dela. Em outro trabalho, as projeções mostraram um aumento das vazões extremas máximas para a Bacia do Piancó (PB) e uma redução das vazões médias, que representa um quadro desfavorável com redução da quantidade de água nos rios e mais concentrada em períodos mais chuvosos. “Temos estudos em andamento que buscarão avaliar a mudança climática a partir da melhoria da resolução das projeções originais, utilizando um modelo físico. Para isso, foi necessário adaptar o modelo às condições locais”, destacou Sandra. O estudo avaliou os impactos da degradação ambiental sofrida nos últimos anos na Bacia do Rio Seridó, uma sub-bacia da Bacia do Rio Piancó-Piranhas-Açu, onde notou-se uma forte redução da umidade do solo. Ao contrário, a microbacia do Ribeirão das Posses (MG) foi submetida a um aumento de cobertura de floresta e outras melhorias promovidas pelo Projeto Conservador das Águas, um projeto de Pagamento por Serviços Ecossistêmicos. Para essa bacia analisaram-se os Serviços Ecossistêmicos gerados em função da melhoria da qualidade ambiental. Verificamos a redução da perda de solos através de um estudo de simulação numérica, implicando em Produção de Serviços Ecossistêmicos com benefícios econômicos para o reservatório do Cantareira, devido à melhoria da qualidade da água. Com relação aos estudos de microclima da Caatinga, ainda estão em andamento e promoverão um entendimento dos fluxos de energia e componentes do ciclo hidrológico da Caatinga e as variações e servirão como base para ajustar e avaliar os modelos atmosféricos e hidrológicos. “A aplicação das nossas pesquisas impulsionou a implementação de modelos, e consequentemente de sistemas computacionais para previsão. Alguns desses já estão disponíveis para a Aesa em Campina Grande”. Esses estudos foram realizados em um servidor computacional, comprado com a verba do projeto, e configurado para promover um ambiente computacional robusto para as pesquisas e operação, além de dar apoio às atividades de ensino e projetos de extensão na Unidade Acadêmica de Ciências Atmosféricas da UFCG. “O conjunto das pesquisas teve, de forma resumida, avançar com a componente de modelagem de processos associados aos serviços ecossistêmicos, considerando também as mudanças climáticas”, relata o pesquisador Prof. Jonathan Mota, parceiro do projeto. Serviços Ecossistêmicos São benefícios que as pessoas obtêm direta ou indiretamente dos ecossistemas, incluindo serviços de provisionamento (por exemplo, água, alimentos), serviços de regulação (por exemplo, controle de erosão, purificação de água), serviços culturais e serviços de apoio (por exemplo, formação do solo). Os ecossistemas preservados promovem a mitigação das mudanças climáticas, devido à sua capacidade de remover carbono da atmosfera e armazená-lo. Além disso, os ecossistemas bem manejados podem ajudar as sociedades a se adaptarem aos riscos climáticos atuais e às mudanças climáticas futuras, fornecendo uma série de serviços ecossistêmicos: provisionamento; regulação climática local para a agricultura; regulação
Trabalhos apresentados no Simpósio já estão disponíveis

É com grande satisfação que informamos que os Anais do I Simpósio Paraibano de Segurança de Barragens já estão disponíveis. Todos os trabalhos apresentados estão agora reunidos, prontos para serem acessados e compartilhados entre os interessados. Nosso mais sincero agradecimento a todos os envolvidos, desde os palestrantes e apresentadores até os participantes e colaboradores que tornaram este evento um verdadeiro sucesso. Esperamos que os frutos desse encontro continuem a prosperar, inspirando novas pesquisas e ações em prol da segurança barragens. CLIQUE AQUI E CONFIRA
Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Paraíba realiza reunião nesta quarta (27)

O Comitê das Bacias Hidrográficas do Rio Paraíba (CBH-PB) realizará a 2º Reunião Ordinária no dia 27/12/2023 às 9h em formato virtual através da plataforma Google Meet. Na ocasião, debateremos a seguinte pauta: 1. Abertura; 2. Aprovação da ata da reunião anterior; 3. Informes da Diretoria do CBH-PB; 4. Apresentação sobre Legislação de Segurança de Barragens – GEOM AESA; 5. Palavra facultada; 6. Encerramento. Para mais informações entrar em contato com a Secretaria Executiva dos Comitês – AESA pelo telefone: (83) 98831-4930.
Aesa divulga previsão de chuvas para o primeiro trimestre de 2024

Aesa prevê chuvas dentro da média no Cariri, Sertão e Alto Sertão no próximo trimestre As regiões Cariri, Sertão e Alto Sertão da Paraíba terão chuvas dentro da média histórica nos meses de janeiro, fevereiro e março de 2024 segundo a Agência Executiva de Gestão das Águas da Paraíba (Aesa). A previsão divulgada nesta sexta-feira (22) foi elaborada em conjunto com meteorologistas de vários estados e técnicos do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (Cptec) e Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). De acordo com o Prognóstico Climático elaborado pela Aesa a tendência é de que as chuvas ocorram dentro da normalidade e os índices podem variar em até 25% para mais ou para menos em relação à média histórica. No Alto Sertão a média do trimestre é 480,3 milímetros, e a quantidade esperada pode ficar entre 360,2 e 600,4 milímetros. Já no Sertão a climatologia do período é de 385 milímetros, podendo ficar entre 360,2 e 600,4 milímetros. A previsão para o Cariri/Curimataú no período de janeiro a março do próximo ano é de 204 milímetros, podendo ficar entre 153 e 255. Confira o Prognóstico Climático completo clicando aqui.
ANA participa da inauguração da nova sede da AESA em João Pessoa

O diretor-presidente interino da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), Filipe Sampaio, e o diretor da ANA Maurício Abijaodi participaram nesta terça-feira, 12 de novembro, da inauguração da nova sede da Agência Executiva de Gestão das Águas do Estado da Paraíba (AESA), em João Pessoa (PB). O evento contou com a participação do governador da Paraíba, João Azevêdo. O presidente da AESA, Porfírio Catão, reforçou a importância da parceria com a ANA por meio do Programa de Consolidação do Pacto Nacional pela Gestão de Água (PROGESTÃO). “A AESA chegou onde está pela parceria com a ANA e pelo comprometimento da agência federal com os órgãos gestores, de promover uma gestão descentralizada dos recursos hídricos”, afirmou Catão. Segundo a AESA, para a reforma e ampliação da sede, foram investidos R$ 880 mil. O novo espaço conta com salas para as gerências executivas de Acompanhamento e Controle, Operações de Mananciais e Segurança de Barragens, Bacias Hidrográficas, Outorga e Licença de Obra Hídrica, Tecnologia de Informação, Assessoria Jurídica, Planejamento e Recursos Hídricos, Recursos Humanos, Gestão e Apoio Estratégico, Orçamento e Finanças, Sustentabilidade e Cobrança, reunião e diretoria administrativo-financeira. Para o diretor-presidente interino, Filipe Sampaio, “é uma alegria muito grande poder celebrar essa vitória para o estado da Paraíba, que é essa nova sede da AESA – um órgão gestor muito importante, que tem sido referência para toda a região do Nordeste”. O governador João Azevêdo destacou que “para quem vive na Paraíba, em que mais de 90% de seus municípios estão dentro da região do Semiárido, a água é um elemento fundamental e é preciso tratá-la com respeito […] É preciso regular, é preciso controlar, é preciso cuidar, é preciso preservar a qualidade dessa água. E a Agência [AESA] é esse instrumento”.
Governador João Azevedo entrega reforma e ampliação da Aesa e destaca trabalho da Agência na gestão dos recursos hídricos

O governador João Azevêdo entregou, nesta terça-feira (12), a reforma e ampliação da sede da Agência Executiva de Gestão das Águas do Estado da Paraíba (Aesa), localizada na Avenida Duarte da Silveira, em João Pessoa. Os serviços representaram investimentos de R$ 880 mil e garantem mais conforto aos servidores que poderão prestam um melhor atendimento à sociedade paraibana. Na ocasião, o chefe do Executivo estadual ressaltou o respeito do governo com o funcionalismo público, demonstrado com a valorização e melhoria do ambiente de trabalho. Ele também evidenciou a satisfação de entregar uma estrutura adequada para os servidores da Aesa. “A Agência tem uma responsabilidade muito grande e se destacado nacionalmente pela qualidade do trabalho que desempenha e nada mais justo do que reestruturar o espaço que hoje entregamos. Além de uma sede digna, vamos fazer concurso público para o órgão, que tem uma grande estrutura nas estações meteorológicas e hidrológicas”, frisou. O secretário da Infraestrutura e dos Recursos Hídricos, Deusdete Queiroga, agradeceu ao governador João Azevêdo pelo olhar atencioso com a Aesa e pelo compromisso de investir em obras de segurança hídrica. “É uma alegria participar da inauguração dessa obra que demonstra o respeito do governador pela Aesa. Nós sabemos da importância dos investimentos em recursos hídricos para quem está na região semiárida, e a Aesa desempenha um trabalho importante na fiscalização das barragens, nas outorgas, demonstrando a competência e esmero do órgão e, por isso, eu parabenizo os servidores que ganham esse excelente espaço”, comentou. O presidente da Aesa, Porfírio Catão, afirmou que a nova estrutura da sede do órgão representa mais uma ação do governo no fortalecimento da política de recursos hídricos. “O governador ampliou o nosso espaço e hoje estamos concretizando um sonho com a entrega da reforma e ampliação da Aesa, tendo a condição de oferecer mais conforto aos servidores para que eles desempenhem suas funções da melhor forma, oferecendo também aos usuários um melhor atendimento”, enfatizou. Porfírio Catão também destacou que a Aesa tem sido referência para o Brasil na gestão de recursos hídricos, com disponibilização de capacitações para diversos estados. “Todos os nossos serviços são digitais e estão disponíveis em nosso site. Hoje somos referência nacional no programa Pró-Gestão da ANA, que analisa os indicadores de instrumentos de gestão. Nós fomos o único estado entre 2019 e 2021 a atender todos os pré-requisitos desse programa, ficando em primeiro lugar, e o nosso sistema de informação e aplicativos também servem de base para que os outros estados avancem na gestão de recursos hídricos”, acrescentou. O presidente da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), Felipe Sampaio, parabenizou a Aesa pela conquista de uma sede com uma estrutura qualificada para realizar um bom trabalho em prol da sociedade. “É uma alegria participar desse ato solene que visa o fortalecimento dos recursos hídricos. A Paraíba é um exemplo no alcance das metas no segmento e estamos aqui para reconhecermos as boas práticas e o exemplo da Aesa para todo o país como referência na gestão de recursos hídricos”, falou. A primeira-dama Ana Maria Lins; os deputados estaduais Branco Mendes e João Gonçalves; o secretário executivo da Energia, Robson Barbosa; o presidente da Companhia de Água e Esgotos da Paraíba (Cagepa), Marcus Vinícius Neves; o secretário executivo da Articulação Política, João Paulo Freire; o coordenador do Procase, Nivaldo Magalhães; o presidente da Federação das Associações de Municípios da Paraíba (Famup), George Coelho; e os prefeitos de Itabaiana, Dr. Lucio, e de Salgado de São Felix, Joni Marcos, prestigiaram a solenidade. A sede da Aesa conta com salas para as gerências executivas de Acompanhamento e Controle; Operações de Mananciais e Segurança de Barragens; Bacias Hidrográficas; Outorga e Licença de Obra Hídrica; Tecnologia de Informação; Assessoria Jurídica; Planejamento e Recursos Hídricos; Recursos Humanos; Gestão e Apoio Estratégico; Orçamento e Finanças; Sustentabilidade e Cobrança; reunião; e diretoria administrativo-financeira.
Aesa divulga programação do Encontro Estadual dos Comitês de Bacias Hidrográficas da Paraíba.

Confira a programação completa do XII Encontro Estadual dos Comitês de Bacias Hidrográficas da Paraíba. Faça sua inscrição CLICANDO AQUI
AESA apresenta relatório anual de recursos hídricos durante sessão na ALPB

O diretor-presidente da Agência Executiva de Gestão das Águas do Estado da Paraíba (Aesa), Porfírio Catão Cartaxo Loureiro, apresentou nesta segunda-feira (04) o Relatório Anual de Gestão dos Recursos Hídricos da Paraíba na Assembleia Legislativa do Estado. A apresentação foi realizada durante sessão especial da Comissão de Desenvolvimento, Turismo e Meio Ambiente. Porfírio Loureiro que o governador João Azevedo vai lançar, em fevereiro do próximo ano, o novo Sistema Estadual de Informações de Riscos Agrohidroclimáticos (SEIRA), que compreende 90 estações automatizadas que estão sendo instaladas no estado. Com isso, a Paraíba vai se tornar referência nacional no monitoramento, tanto climatológico, como hidrológico. Segundo ele, também será criado um portal e um aplicativo para que todos os usuários tenham acesso gratuito a esses serviços. O diretor-presidente da Aesa Loureiro iniciou sua apresentação afirmando que 100% das bacias hidrográficas de domínio estadual estão com planos atualizados. O Plano Estadual de Recursos Hídricos (PERH), atualizado em 2022, compreende a implementação dos programas e ações, tais como o fortalecimento dos comitês de bacia hidrográfica; atualização, manutenção e operação da rede de monitoramento; execução da Política de Segurança de Barragens; fiscalização de usos dos recursos hídricos no estado; elaboração de planos, estudos e projetos na área de recursos hídricos; e recuperação, despoluição e preservação dos recursos hídricos. “Estamos dando andamento à atualização do Planos de Bacias do Rio Paraíba, do Litoral Sul e do Litoral Norte, como também os avanços dos instrumentos de gestão no sentido de outorga e cobrança. Desafio que nós vamos enfrentar a partir do próximo ano. Já aprovamos no Conselho Estadual de Recursos Hídricos o enquadramento dos corpos hídricos e em seguida lançaremos esse edital para proceder o enquadramento”, revelou. Porfírio também destacou os avanços no sistema de informação dos recursos hídricos. “Nós somos referência nacional neste aspecto com esse sistema que, sem ele, na pandemia nós teríamos parado. Neste ano nós estamos liberando quase 6 mil processos, dando mais agilidade aos usuários”, frisou. De acordo com o diretor presidente da AESA, “a Paraíba foi o único estado que conseguiu atingir 100% das metas do Progestão e ficar em primeiro lugar na certificação do programa nos anos 2019, 2020 e 2021”. Segundo ele, foram emitidas 3.306 outorgas, sendo 87,6% superficiais e 12,4% subterrâneas, perfazendo um volume total de 242.123.536,68 metros cúbicos de água. 42,1% desse volume é destinado para abastecimento público. Ainda de acordo com o relatório, foram emitidas 1.121 licenças, a maior parte nos meses de janeiro (168), agosto (183) e outubro (174). A bacia do Piranhas comporta o maior volume de licenças, num total de 722. Quanto à segurança nas barragens, ainda de acordo com o relatório, foram executadas 124 fiscalizações, numa rede de monitoramento de recursos hídricos que compreende 242 postos pluviométricos em todo o estado. Essa rede de monitoramento está inserida no Sistema Estadual de Informações de Riscos Agrohidroclimáticos (SEIRA), um portal na internet com acesso irrestrito às informações geradas. Essa rede foi criada com o objetivo de dispor de um sistema de monitoramento de dados climáticos e agrometeorológicos, em tempo real, com a finalidade de dar suporte às ações do monitoramento agroclimático, previsão do tempo e clima para todo o estado da Paraíba. “Esta rede transformará o estado da Paraíba em um grande celeiro de informações meteorológicas e estudos climáticos para toda a comunidade mundial, tornando-se uma referência de dados confiáveis e com excelente representatividade, com uma rede totalmente padronizada, seguindo estritamente as normas da Organização Meteorológica Mundial (OMM) e que será amplamente utilizada para as análises dos impactos climáticos na urbanização e seus efeitos na vida da sociedade, trazendo à luz do que a urbanização tem influenciado sobre o conforto hidrotérmico das cidades”, ressalta o relatório. O documento também enfatiza o Decreto nº 11.681/2023, de 04 de setembro de 2023, que altera o Decreto nº 5.995/2006, que instituiu o Sistema de Gestão do Projeto de Integração do Rio São Francisco com as Bacias Hidrográficas do Nordeste Setentrional (SGIB). Essa lei atualiza a composição do SGIB, que reunirá grupos de assessoramento e órgãos e entidades federais e estaduais com interferência na gestão dos recursos hídricos. Fazem parte do Sistema: o Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR), como órgão coordenador; a Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), como entidade reguladora; o Conselho Gestor do Projeto de Integração do Rio São Francisco (PISF); a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (CODEVASF), como operadora federal; e as operadoras estaduais do Ceará, Paraíba, Pernambuco e Rio Grande do Norte – estados receptores das águas. “Nós temos hoje, tanto no Cariri, com a chegada das águas do São Francisco, quanto no Sertão, com a chegada do Eixo Norte, mais de 3 mil usuários fazendo uso dessa água, Todas as regiões estão sendo muito bem atendidas”, ressaltou. O documento também destaca a assinatura do contrato para gestão do Projeto de Integração do Rio São Francisco entre União e estados receptores. O acordo prevê que a União será responsável por prestar os serviços de operação, manutenção e fornecimento de água bruta da transposição aos quatro estados receptores, por intermédio de entidade estatal devidamente estruturada ou por concessão. “Por meio de órgãos regionais de fomento, ainda caberá ao Governo Federal apoiar ações de setores produtivos das áreas beneficiadas pelo PISF que considerem a sustentabilidade do Projeto e o uso racional de suas águas. Conforme o acordo, os estados receptores deverão arcar com as tarifas relativas à prestação do serviço de adução de água bruta do PISF estabelecidas pela ANA – tarifa de consumo e tarifa de disponibilidade –, sendo que os recursos necessários para o pagamento devem estar previstos nas legislações orçamentárias estaduais a partir de 2024”, conclui o relatório da AESA. Ao final da explanação, o deputado Eduardo Carneiro, presidente da Comissão, disse que a apresentação do relatório “faz refletir sobre a importância de apresentações desse tipo, até porque várias ações estão sendo desempenhadas pelo órgão”. “Quero parabenizar a todo corpo dirigente da AESA. Eu fiquei extremamente entusiasmado, até porque eu percebo que,
Atualização da legislação de segurança das barragens é apresentada no Simpósio Paraibano

OI Simpósio Paraibano de Barragens discutiu nesta quinta-feira (30), entre outros temas, a atualização das normas técnicas a da legislação na segurança dos reservatórios. O assunto, abordado pela superintendente de fiscalização da Agência Nacional das Águas (ANA), Viviane dos Santos Brandão, encerrou o evento promovido pelo Governo da Paraíba, por meio da Agência Executiva de Gestão das Águas da Paraíba (Aesa), em João Pessoa. Segundo a superintendente da ANA, a maior atualização no Plano Nacional de Segurança de Barragens foi realizada em 2020 com a Lei 14.066, que aumentou a responsabilidade dos gestores dos reservatórios. “Uma das atualizações foi a inclusão de novas infrações administrativas e de penalidades que vão desde advertências, embargo de obra e suspensão das atividades, até multas que podem chegar a um bilhão de reais, dependendo da gravidade da infração”, explicou Viviane Brandão. Outra importante atualização nas normas técnicas foi realizada no Decreto 11.310 de 2022, quando foram detalhadas as atividades de fiscalização. “A medida que você faz o monitoramento recorrente, você tem muitas informações para minimizar os riscos. No Ceará eles têm o Agente de Guarda e Inspeção Regular ,que verifica a estrutura do reservatório com frequência. O objetivo aqui é mitigar a probabilidade de incidentes, acidentes e desastres”, lembrou Viviane. Antes da apresentação da superintendente da ANA, na tarde desta quinta-feira (30), foi realizada a palestra Processo de Licenciamento Ambiental de Barramento, ministrada pelo coordenador da Divisão de Florestas da Sudema, José Humberto de Araújo, e pelo coordenador da Divisão de Infraestrutura da Sudema, Clayriston Sousa. No período da manhã, o major do Corpo de Bombeiros da Paraíba, Fernando Antônio de Oliveira, ministrou a palestra Tomada de Decisões e Plano de Emergência. Também foi abordado o tema Metodologia e Boas Práticas da Gestão de Risco. O Simpósio Paraibano de Segurança de Barragens contou com mais de 300 inscritos. Sete trabalhos científicos foram apresentados durante o evento. “Os pesquisadores que realizaram estes estudos estiveram no simpósio para conversar com todos os participantes, ampliando a discussão deste tema tão importante, que é a segurança de barragem”, concluiu o diretor-presidente da Aesa, Porfírio Loureiro. CONFIRA ALGUMAS FOTOS DO EVENTO: