PARCERIA ENTRE AESA E IGARN FORTALECE GOVERNANÇA DAS ÁGUAS COMPARTILHADAS

A Agência Executiva de Gestão das Águas da Paraíba (Aesa), em conjunto com o Instituto de Gestão das Águas do Rio Grande do Norte (Igarn), realizou, entre os dias 2 e 5 de setembro, uma força-tarefa de medições de vazão nos rios Piancó e Piranhas, além da Barragem de Curemas, em Coremas. A iniciativa buscou acompanhar de perto os volumes de água liberados e utilizados na região, garantindo que o abastecimento humano, a irrigação e os demais usos múltiplos aconteçam de forma equilibrada e sustentável. A ação contou ainda com a participação do Comitê da Bacia Hidrográfica do Piancó-Piranhas-Açu e da Companhia Hidroelétrica do São Francisco (Chesf), reforçando a importância da integração institucional na gestão compartilhada dos recursos hídricos. Para as medições, foram utilizados equipamentos de alta precisão. Nos rios, o trabalho foi realizado com o ADCP (Acoustic Doppler Current Profiler), tecnologia que mapeia a velocidade da água em diferentes profundidades. Já nas adutoras e sistemas de bombeamento, o monitoramento utilizou o medidor ultrassônico de vazão, que permite avaliar a passagem da água sem necessidade de interromper o fluxo. “O monitoramento constante é fundamental para assegurar que cada gota de água cumpra seu papel social e ambiental. Essa ação conjunta reforça a eficiência da gestão e fortalece a segurança hídrica para a população da região”, destacou o gerente de Operação e Mananciais e de Segurança de Barragens da Aesa, João Pedro Chaves.
REPRESENTANTES DEBATEM ALOCAÇÃO DE ÁGUA DO SISTEMA ACAUÃ EM ITABAIANA

Por Ester Varelo A Agência Executiva de Gestão das Águas da Paraíba (Aesa), em parceria com o Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Paraíba (CBH-PB), realizou a reunião de Alocação de Água 2025/2026 do Sistema Hídrico Acauã, com o objetivo de garantir o uso sustentável e equilibrado da água, assegurando acesso a todos os envolvidos na produção local e mantendo a continuidade da produção agrícola. O processo de alocação é baseado em estudos sobre a disponibilidade hídrica e na participação ativa dos usuários, permitindo decisões coletivas e responsáveis sobre a vazão e o uso da água, principalmente em regiões com risco de conflito ou situações emergenciais. A reunião também reforçou a importância da gestão participativa para fortalecer a governança da água e promover transparência nas decisões. Quanto à participação dos usuários, a subgerente de Marco Regulatório e Alocação da Aesa, Rosa Lins, destacou: “Não há imposição. A partir dos estudos realizados, discutimos a disponibilidade hídrica e definimos, junto aos usuários, a quantidade de água e a vazão que podem ser disponibilizadas”. Ela acrescentou que o termo de alocação estará disponível para consulta pública no site da Aesa, garantindo acesso às decisões tomadas durante a reunião. Durante o encontro, foram analisados os cenários de disponibilidade hídrica, considerando a situação atual dos reservatórios, e definidos compromissos relacionados à distribuição de água para diferentes usos, priorizando abastecimento humano, produção agrícola e manutenção ambiental. A alocação segue instrumentos legais e técnicos que garantem sustentabilidade e segurança no uso do recurso. Para monitorar o cumprimento das decisões e propor ajustes quando necessário, foi criada a comissão de acompanhamento do termo de alocação. O diretor de Gestão e Apoio Estratégico da Aesa, Waldemir Azevedo, destacou: “A comissão define como proceder diante de qualquer situação que não se afaste do previsto, garantindo que todos estejam de acordo com as decisões e assegurando a continuidade da produção e do abastecimento”. O encontro, realizado na quinta-feira (28), no Sindicato dos Produtores Rurais de Itabaiana, reuniu órgãos públicos, produtores rurais e representantes de empresas como a Companhia de Água e Esgotos da Paraíba (Cagepa) e a Empresa Paraibana de Pesquisa, Extensão Rural e Regularização Fundiária (Empaer).
AESA MARCOU PRESENÇA EM DEBATE SOBRE RESULTADOS DO PISF

O diretor de Operação e Monitoramento dos Recursos Hídricos, Beranger Arnaldo de Araújo, o gerente de Operação de Mananciais e de Segurança de Barragens, João Pedro Chaves, e o gerente de Hidrometeorologia e Eventos Extremos, Alexandre Magno de Medeiros, representaram a Agência Executiva de Gestão das Águas da Paraíba (Aesa) no evento “Legado Socioambiental do PISF: segurança hídrica e desenvolvimento regional sustentável”, realizado pelo Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR), em Petrolina (PE). O encontro aconteceu no Cineteatro da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf) e reuniu especialistas e gestores para discutir os resultados da gestão ambiental do Projeto de Integração do Rio São Francisco (PISF). Durante a programação, foram apresentados avanços nas áreas de conservação da biodiversidade, monitoramento de fauna e flora, preservação do patrimônio arqueológico e mitigação de impactos ambientais. A iniciativa também promoveu debates sobre o fortalecimento das políticas públicas de gestão ambiental no semiárido brasileiro, destacando o impacto positivo do PISF, que já beneficiava 12 milhões de pessoas em 390 municípios. O evento reforçou o compromisso de conciliar desenvolvimento regional e sustentabilidade, ampliando a cooperação entre pesquisadores, gestores e técnicos.
Paraíba recebe comitiva do Espírito Santo e Banco Mundial em intercâmbio de gestão hídrica

A Paraíba voltou a se destacar como referência nacional em gestão de recursos hídricos ao receber, entre os dias 18 e 20 de agosto, uma comitiva da Agência Estadual de Recursos Hídricos do Espírito Santo (Agerh) e representantes do Banco Mundial. O encontro foi marcado por uma intensa troca de experiências e pela valorização do modelo de gestão adotado pela Agência Executiva de Gestão das Águas da Paraíba (Aesa). Durante três dias, os visitantes conheceram de perto a estrutura da Aesa em João Pessoa e Campina Grande, participaram de capacitações sobre operação de sistemas hídricos, fiscalização, segurança de barragens, monitoramento hidrológico, planejamento e sustentabilidade financeira, além de visitas de campo à barragem de Acauã e ao Canal das Vertentes Litorâneas nos municípios de Itatuba e Salgado de São Félix. O presidente da Agerh, Fábio Ahnert, ressaltou a relevância da experiência e destacou a Paraíba como inspiração. “Essa visita foi muito rica e nos permitiu identificar avanços e soluções que podem ser aplicados no Espírito Santo. A Paraíba está de parabéns, é uma inspiração para nós. Nossa equipe foi muito bem recebida e voltamos para casa com aprendizados que vão fortalecer nosso trabalho”, afirmou. Representando o Banco Mundial, Viviane Virgolim destacou que o intercâmbio fortalece parcerias e abre espaço para novas colaborações. “A visita foi muito boa exatamente por proporcionar essa interação entre as equipes e fortalecer a parceria entre os estados. Acredito que daqui levaremos muitas contribuições para o Projeto Águas 2, ampliando ainda mais essa troca e abrindo caminho para novas parcerias”, avaliou. Já o presidente da Aesa, Porfírio Loureiro, fez questão de frisar que a troca foi mútua. “Estamos aprendendo mais do que ensinando. As contribuições que a comitiva nos trouxe foram muito valiosas. Esse intercâmbio é salutar e nos mostra que, juntos, podemos fortalecer cada vez mais a gestão de recursos hídricos no país”, destacou.
PROJETO COMITÊ NAS ESCOLAS FORTALECE EDUCAÇÃO AMBIENTAL EM MAIS DE 100 ESCOLAS DA PARAÍBA

Por Ester Varelo Professores e gestores de escolas do estado da Paraíba receberam aproximadamente 300 kits educativos que vão apoiar o trabalho de conscientização sobre o uso sustentável da água e a preservação dos recursos hídricos em sala de aula. A iniciativa integra a 4ª etapa do projeto Comitês nas Escolas, desenvolvido pelo Governo do Estado, por meio da Agência Executiva de Gestão das Águas (Aesa) e Comitês de Bacias Hidrográficas da Paraíba, em parceria com a Secretaria de Educação. Elaborados especialmente para o ambiente escolar, os kits reúnem conteúdos sobre Bacias Hidrográficas, Comitês de Bacias, a Lei das Águas e outros conceitos fundamentais ligados à gestão participativa das águas. A partir desse material, os professores atuarão como multiplicadores, levando o conhecimento a centenas de estudantes da região de abrangência do Comitê da Bacia Hidrográfica do Baixo Rio Paraíba (CBH-PB). A partir do dia 25 de agosto, terá início a capacitação de gestores e professores, conduzida por uma equipe formada por voluntários de órgãos parceiros, membros de comitê, professores e Aesa. O treinamento vai orientar a elaboração de planos de aula que facilitem a aplicação prática do conteúdo, garantindo que o material seja aproveitado em sala de forma didática e efetiva. “A receptividade dos professores ao Kit Educativo mais uma vez mostrou-se positiva, e eles estão entusiasmados com o início da capacitação”, ressalta a gerente de Gestão Participativa e Capacitação da Aesa, Kátia Sales. A entrega contou com o apoio das Gerências Regionais e de servidores da Aesa, reforçando a atuação colaborativa da instituição na divulgação da educação ambiental. As etapas anteriores do projeto contemplaram escolas inseridas nas áreas de abrangência dos Comitês do Litoral Sul (CBH-LS), Litoral Norte (CBH-LN) e Alto Rio Paraíba (CBH-PB). A próxima fase está prevista para 2026, quando serão atendidas escolas localizadas na região de atuação do Comitê da Bacia Hidrográfica Federal do Piranhas-Açu (CBH-PPA).
Aesa participa de missão com Governo da Paraíba e Banco Mundial para discutir avanços no Projeto de Segurança Hídrica 2

A Agência Executiva de Gestão das Águas da Paraíba (Aesa) participa da missão técnica que o Governo do Estado realiza, em parceria com o Banco Mundial, para discutir o avanço do Projeto de Segurança Hídrica 2 (PSHPB 2). O encontro, que acontece entre os dias 11 e 15 de agosto, reúne representantes do governo estadual, técnicos do Banco Mundial e instituições estratégicas para alinhar os componentes técnicos, sociais e ambientais da nova etapa do projeto, com contrato previsto para assinatura em 2026. O presidente da Aesa, Porfírio Loureiro, integra as discussões que tratam da ampliação da segurança hídrica no estado, com foco na consolidação da gestão dos recursos hídricos, avaliação de risco de barragens, elaboração de indicadores, quadros ambientais e sociais e o fortalecimento de ações voltadas para o monitoramento das águas superficiais e subterrâneas da Paraíba. A Aesa tem papel central nas atividades de planejamento e fiscalização hídrica no estado, e sua contribuição técnica é essencial para garantir que o PSHPB 2 esteja alinhado às diretrizes de uso sustentável da água, enfrentamento de secas e aprimoramento das redes de monitoramento e controle de mananciais. A reunião, que ocorre de forma híbrida, é presidida pelo secretário de Estado da Infraestrutura e dos Recursos Hídricos, Deusdete Queiroga, e conta com a presença da secretária executiva Virgiane Melo, além dos presidentes da Aesa, Porfírio Loureiro, e da Cagepa, Marcus Vinicius Neves. A equipe do Banco Mundial é liderada pelos gerentes Alfonso Alvestegui e Paula Freitas. A programação desta terça-feira (12) discute o aumento da oferta de água, implantação da segunda adutora de água tratada do Sistema Gramame; o combate às perdas de água na Região Metropolitana de João Pessoa; a implantação e otimização de setores de abastecimento de água; a expansão e modernização do tratamento de esgotos na RMJP; o alinhamento e contribuições do novo projeto ao Projeto de Parceria Público-Privada (PPP); em esgotamento sanitário nas microrregiões do Litoral e Alto Piranhas do Estado da Paraíba. Na quarta-feira (13), a missão discute: quadros sociais e ambientais, progresso na preparação dos aspetos sociais e ambientais, elaboração dos documentos, incluindo o plano de engajamento das partes interessadas, gerenciamento financeiro, desembolsos, relatórios e riscos; saneamento rural, elaboração do diagnóstico e estudo de modelos de gestão de sistemas rurais de abastecimento de água e esgotamento sanitário para os municípios do estado, preparação da estratégia para licitações, entre outros. A programação prossegue na quinta-feira (14), com apresentação do avanço na preparação do projeto, cronograma de preparação, preparação da ajuda memória e contribuições da equipe para a nota de conceito do projeto. Na sexta-feira (15) será o encerramento da missão, conclusões e recomendações. O contrato de empréstimo com o Banco Mundial para execução do PSH-PB 1 foi assinado no dia 2 de dezembro de 2020 pelo governador João Azevêdo e a instituição financeira, no valor de aproximadamente US$ 127 milhões. Como contrapartida, a gestão estadual também investirá, com recursos próprios, o montante de US$ 80,2 milhões nesse projeto. A ação vai beneficiar toda a população da Paraíba, especialmente as regiões do Cariri e Curimataú, que irão receber água de qualidade por meio do Sistema Adutor Transparaíba. Além disso, os investimentos irão permitir a reestruturação da Cagepa e da Aesa, bem como o reordenamento do esgoto de João Pessoa, ampliando a capacidade de tratamento da Cagepa na Capital.
CAMPANHA DE REGULARIZAÇÃO AVANÇA NO LITORAL; Aesa incentiva uso legal de poços tubulares com ação em JP

Um gesto simples que faz toda a diferença: regularizar o uso da água bruta é mais do que uma exigência legal — é um compromisso com a coletividade, com a preservação dos recursos naturais e com a qualidade dos serviços oferecidos à população. Foi com esse espírito que a Agência Executiva de Gestão das Águas da Paraíba (Aesa) realizou uma campanha de regularização na faixa litorânea de João Pessoa, contemplando as praias de Tambaú e Cabo Branco. A ação focou na inspeção de poços tubulares perfurados nas áreas dos quiosques para oferecer banhos alternativos e outras atividades de uso higiênico que utilizam água subterrânea. A abordagem foi pedagógica, orientando e notificando os responsáveis sobre a necessidade de estarem devidamente licenciados. E o resultado não poderia ter sido melhor: todos os 51 usuários visitados buscaram a Aesa para se regularizar. Um número que, por si só, já representa o sucesso da campanha e o poder da orientação feita com respeito e clareza. “A regularização garante segurança jurídica ao empreendimento, dispensa penalidades e, principalmente, reforça o compromisso de cada usuário com o uso consciente da água” afirmou o gerente de Fiscalização da Aesa, Pedro Freire. Os usuários de poços tubulares devem fazer a regularização do uso da água pelo site da Aesa, na janela Licença/Outorga, ou presencialmente na Agência, localizada na Avenida Duarte da Silveira, s/n – Torre, João Pessoa – PB.
Inverno 2025 inicia nesta sexta; Aesa apresenta cenário climático para a estação na Paraíba

Por Ester Varelo O inverno de 2025 inicia oficialmente nesta sexta-feira (20), às 23h42 (horário de Brasília). A estação se estenderá até o dia 22 de setembro, às 15h19, e, na Paraíba, é caracterizada pela redução nas temperaturas e pela ocorrência de chuvas típicas. Neste ano, as precipitações devem se manter dentro da média climatológica, conforme monitoramento realizado pela Agência Executiva de Gestão das Águas do Estado da Paraíba (Aesa). Com temperaturas mais amenas, sobretudo durante as madrugadas, o inverno de 2025 deverá apresentar chuvas características da estação. A meteorologista da Aesa, Marle Bandeira, destaca que o principal fenômeno que influencia o clima neste período são os chamados Distúrbios Ondulatórios de Leste (DOLs). “Os DOLs são aglomerados de nuvens que se formam próximos ao continente africano e se deslocam em ondas até o litoral do Nordeste, trazendo umidade para o Agreste, Brejo e Litoral. Isso favorece a ocorrência das chuvas esparsas, que são comuns nessa época do ano”, explica a especialista. Esse padrão atmosférico representa uma diferença significativa em relação ao inverno de 2024, quando o sistema meteorológico El Niño elevou as temperaturas e reduziu a incidência de chuvas em algumas regiões. Atualmente, o cenário é de equilíbrio, com temperaturas dentro do esperado para a estação. Conforme avaliação da equipe técnica da Aesa, as médias previstas para o inverno de 2025 nas diferentes regiões do estado são as seguintes: no Litoral, as máximas podem chegar a 28°C, com mínimas próximas de 20°C; no Brejo, as temperaturas devem variar entre 24°C e 17°C; no Agreste, entre 25°C e 17°C; no Cariri e Curimataú, entre 28°C e 15°C; e no Sertão e Alto Sertão, entre 31°C e 20°C. Agosto, mês que climatologicamente registra as temperaturas mais amenas do ano, tende a apresentar madrugadas ainda mais frescas nas regiões do Agreste, Brejo e Cariri, reforçando o perfil característico da estação. Apesar da predominância de chuvas esparsas e de baixa intensidade, não se descarta a possibilidade de eventos pluviométricos mais expressivos na faixa litorânea, devido ao aquecimento das águas próximas à costa, que pode favorecer a formação de sistemas de precipitação.
OFICINA DE INTERCÂMBIO PROGESTÃO

Nos dias 17 e 18 de junho, acontece mais uma edição da Oficina de Intercâmbio Progestão — iniciativa da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) que busca fortalecer os Sistemas Estaduais e o Sistema Distrital de Gerenciamento de Recursos Hídricos. A capacitação será transmitida ao vivo pela plataforma Microsoft Teams e tem como objetivo promover o intercâmbio de experiências entre os participantes, com foco na implementação das ações planejadas para o Sistema Estadual de Gerenciamento de Recursos Hídricos (SEGREH). Em destaque, as estratégias adotadas pelos estados para garantir a execução eficiente de suas programações anuais e o papel dos conselheiros estaduais de recursos hídricos na aprovação, acompanhamento e avaliação dos planos de capacitação. 👥 Público-alvo: pontos focais de capacitação do Progestão nos estados e no Distrito Federal; membros das câmaras técnicas de educação ambiental e capacitação dos comitês interestaduais; técnicos das entidades delegatárias responsáveis por capacitação e educação ambiental; conselheiros estaduais de recursos hídricos; coordenadores do ProfÁgua; e demais integrantes do SENGREH interessados no tema. 🔗 Acesse: bit.ly/OficinaProgestaoCapacitacao ou escaneie o QR Code na imagem! 📌 A Paraíba estará representada pelo secretário executivo do Conselho Estadual de Recursos Hídricos e presidente da Aesa, Porfírio Loureiro, e pelo conselheiro Demilson Lemos de Araújo, que vão compartilhar as experiências da atuação paraibana na área.
Plano de Recursos Hídricos da Bacia do Rio Paraíba avança com participação coletiva

por Ester Varelo Para dar continuidade à elaboração do Plano de Recursos Hídricos da Bacia do Rio Paraíba, o Governo da Paraíba, por meio da Agência Executiva de Gestão das Águas da Paraíba (Aesa), promoveu uma nova rodada de consultas públicas em cinco municípios estratégicos nas últimas semanas: Taperoá (29/05), Mogeiro (02/06), Boqueirão (03/06), Campina Grande (04/06) e Monteiro (05/06). A iniciativa integra a etapa de Prognóstico, voltada à apresentação de dados técnicos, simulações e cenários projetados, que servirão de base para decisões futuras e ações sustentáveis de gestão hídrica. Em Taperoá, a primeira reunião foi realizada em formato de oficina, reunindo moradores e gestores locais em uma dinâmica participativa. Nas demais cidades, o modelo adotado foi o de consulta pública tradicional, com apresentações técnicas e espaço para diálogo. Durante os encontros, foram exibidos slides com tabelas, gráficos e análises que consideraram fatores como disponibilidade hídrica, uso do solo, demandas projetadas e comportamento climático. Essas informações subsidiam estratégias adaptadas às realidades regionais e às possíveis situações de crise. Educação e cidadania em Mogeiro – Um dos momentos marcantes da rodada ocorreu em Mogeiro, com a presença de estudantes da Escola Municipal Iraci Rodrigues. Os alunos participaram da reunião junto aos demais presentes e receberam kits educativos do projeto “Comitês nas Escolas”, iniciativa da Aesa voltada à conscientização ambiental desde as etapas iniciais da formação educacional. Para a professora Giuliana Mércia Rosendo, a ação reforça o papel transformador da educação. “Essa é uma participação válida que irá render bons frutos, pois é a partir da educação e conscientização que tudo começa, tendo em vista que o nosso público é composto por adolescentes e jovens. Eles serão transmissores de bons hábitos para as novas gerações”, destacou. Construção coletiva – O projeto é executado pela Companhia Brasileira de Projetos e Empreendimentos (Cobrape), contratada pela Secretaria de Estado da Infraestrutura e dos Recursos Hídricos (Seirh), com financiamento do Banco Mundial. Para o diretor de Gestão e Apoio Estratégico da Aesa, Waldemir Azevedo, a participação da sociedade é um pilar central. “Estamos construindo um plano com base técnica sólida, mas também com forte envolvimento social. É isso que garante legitimidade e eficiência nas ações que serão implementadas futuramente”. A subgerente de Planos da Aesa, Larissa Freitas, reforça esse caráter colaborativo. “A gestão hídrica exige precisão e sensibilidade regional. O Plano de Recursos Hídricos é o instrumento que guia nossas decisões. Por isso, é essencial ouvir as comunidades e integrar suas realidades às propostas, especialmente em um território tão diverso quanto o da Bacia do Rio Paraíba”. Prognóstico e próximos passos – O coordenador executivo do plano pela Cobrape, Christian Taschelmayer, explica que essa fase de Prognóstico consolida os estudos iniciados em 2023. “Já produzimos relatórios técnicos com diagnósticos sobre ocupação do território, qualidade e quantidade de água, além de análises de reservatórios e demandas futuras. Agora, estamos debatendo os cenários possíveis, ouvindo os atores locais e refinando as metas e programas que integrarão o plano final”, detalhou. As reuniões contaram com a presença de representantes do poder público, sociedade civil, usuários de água, comunidade acadêmica e setor produtivo. Participaram instituições como a Companhia de Água e Esgotos da Paraíba (Cagepa), a Empresa Paraibana de Pesquisa, Extensão Rural e Regularização Fundiária (Empaer), além de alunos e professores da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), entre outras. Ao todo, centenas de pessoas se envolveram nos debates promovidos ao longo da semana. O processo segue para a próxima etapa, a RP06 – que abrange Metas, Programas e Programas de Investimentos. O site oficial do plano (www.planorioparaiba.com.br) permanece disponível para contribuições da sociedade a qualquer momento. Nele, é possível acessar os documentos aprovados, materiais técnicos e enviar sugestões.